Restaurante
Estação Boca do Monte
Estação Boca do Monte
No trem come-se muito bem!
Há 25 anos o restaurante Estação Boca do Monte é um dos principais pontos turísticos da região. Somos um pequeno restaurante familiar. Uma mãe e dois filhos. Produzimos nossa própria energia hidrelétrica, frutas exóticas, temperos, mel, etc. Beneficiamos, preparamos, atendemos, "fazemos de um tudo" por aqui. A ótima comida da dona Gilda Kimiko Mizuno é o carro-chefe. E se você conseguir almoçar dentro do vagão de trem tudo fica ainda mais perfeito nessa viagem gastronômica. A especialidade da casa são os peixes e frutos do mar, característica do nosso lado oriental: robalo grelhado, salmão, camarão ao leite de coco, casquinha de siri. Nosso tradicional Yakisoba é receita de família. Macarrão crocante, legumes no vapor e um delicioso molho com toque especial de gengibre! Mas se prefere outras opções nós temos também.
E você sabia que o município de Piedade é o maior produtor nacional de alcachofra? Com a alcachofra preparamos lasanha e o fundo de alcachofra gratinado aos três queijos, entradinha premiada pela revista Prazeres da Mesa.
Tentamos trabalhar de forma sustentável quase que de ponta a ponta (na medida do possível, claro). Geramos boa parte da nossa própria energia por meio de uma usina hidrelétrica que faz parte da nossa propriedade e estava desativada. Ela gerava energia pra Piedade em 1911, foi a primeira usina do Grupo Votorantim, e nós mesmos a reativamos.
Compramos e restauramos um vagão de trem que era uma verdadeira sucata, foi uma trabalho maravilhoso que desde o início fazia parte do nosso projeto de vida. E como não agregar a arte e a natureza nessa jornada, já que o projeto foi idealizado por um artista plástico apaixonado por trens e pelas belezas naturais? Todos os nossos esforços eram pra convergir tudo isso num negócio único! Já que almoçar dentro de um vagão de trem de luxo é algo bastante incomum, não é mesmo?
E por aqui cuidamos e respeitamos tudo o que vem da nossa terra. Da horta saem temperos que dão cor e sabor aos pratos, do nosso pomar as frutas da estação se transformam em deliciosos sucos exóticos que são opções para clientes que apreciam o que é fresco e natural (cambuci, mangostão amarelo, pitaya vermelha, pitaya branca, cambucá, uvaia, limão cravo, laranja champagne). A gordura da fritadeira se transforma em sabão, entre tantas outras ações que fazem diferença quando o assunto é consumo consciente, sustentabilidade e a transformação de um lugar melhor para se viver. Quando você almoçar aqui na Estação Boca do Monte não nos enxergue apenas como um local que vende somente refeição. Aqui mora uma pequena família que se dedica todos os dias pra manter tudo isso lindo, limpo, saboroso, sustentável, que respeita a natureza, incentiva o consumo de produtos locais, sazonais e que oferece aos seus clientes uma experiência gastronômica que transcende aquilo que os seus olhos podem ver.Mais do que um restaurante, a Estação Boca do Monte é um Santuário Ecológico. A natureza e a arte estão por todos os lados. O idealizador de tudo isso foi o artista plástico Paulo de Andrade. Nascido na cidade de Santa Maria da "Boca do Monte", no Rio Grande do Sul, ele buscava no início dos anos 70 um refúgio no interior de SP que lembrasse o clima de sua cidade natal. E foi em Piedade, nos Altos da Serra de Paranapiacaba, que encontrou o que tanto procurava. Ele dizia que em Piedade o céu é mais azul e as matas são mais verdes. Dedicou boa parte de sua vida a publicidade e a arte. Quando comprou o vagão de trem num leilão da FEPASA ele e sua família passaram meses trabalhando na restauração e construíram também uma réplica de estação que transformariam no ano seguinte num restaurante voltado para a família: a Estação Boca do Monte.
No trem come-se muito bem!
Muita gente nos pergunta como o vagão de trem veio parar no nosso quintal já que em Piedade não há linha férrea. O transporte aconteceu no ano de 1996. O vagão saiu de São Paulo e chegou em Sorocaba pelos trilhos. Para levar o vagão até Piedade foi necessário elaborar um itinerário especial evitando pontes e viadutos. Um dia inteiro de viagem.
Não foi um trabalho fácil. Uma carreta especial e dois guindastes foram necessários para colocar o vagão sobre os trilhos (instalados antes do transporte). O vagão veio totalmente sucateado e, após o transporte, havia ainda muito trabalho de restauração a ser feito...mas todo esforço valeu a pena.
Mil novecentos e tanto...
Uma pose sentimental para o álbum da família? Talvez.
Talvez mais uma tentativa para mostrar a nós mesmos a vida como ela é. Verdade, ainda sinto o cheiro do carvão de pedra queimando pelas locomotivas da “série milionária”, como eram chamadas as máquinas fabricadas nos Estados Unidos pela American Locomotive Company. Durante muitos e muitos anos, circularam pela região de Santa Maria da Boca do Monte, minha cidade natal do Rio Grande do Sul.
Ainda sinto o envolvimento impressionante e inesquecível da fumaça daqueles maravilhosos monstros metálicos que, orgulhosos e barulhentos, pareciam ciscar os trilhos antes de suas viagens.
O chefe da estação autorizando a partida; o sino repicando; o alto falante da estação com a voz característica do locutor desejando boa viagem...vozes misturavam-se com tudo. Lá se foi a composição, ou melhor, o comboio...
Bem distante, muito distante ainda se via alguns lenços brancos acenando das janelas o derradeiro adeus. Do trem às árvores; às flores; o esconder-se copado dos caminhos. Rios, pontes...E eu, que até poderia dizer que longe desta paisagem quase a esqueço. E agora ao tê-la que tenho saudades dela e é ao percorrê-la que a choro e a ela aspiro...
Tínhamos esquecido do tempo que passou muito rápido. Fora daquelas árvores próximas, daqueles montes últimos do horizonte, haveria alguma coisa de real e merecedor do olhar aberto que se dá as coisas que existem?
Sonhar, por que não? Realizar. Nós sabíamos ali, por uma intuição, que este nosso momento de comunhão familiar era válido é incontestável. Estamos realizando parte de um sonho e gostaríamos muito que você sempre estivesse conosco.
Família Mizuno de Andrade
Fevereiro de 1997
* A foto da família e o texto ilustram até hoje a primeira página do cardápio. Escrito por Paulo numa daquelas madrugadas de inspiração, digitadas numa antiga máquina de escrever.
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